segunda-feira, 19 de abril de 2021

Santas Casas e hospitais filantrópicos se unem para importar kits intubação

Primeiro acordo com 320 mil itens foi fechado na sexta-feira (16); 500 instituições ainda dependem de novas remessas

Os remédios do kit intubação estão em falta em diversas cidades e unidades de saúde do país. Em uma operação inédita, Santas Casas e hospitais filantrópicos se uniram para importar os medicamentos e manter o atendimento adequado aos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva. A primeira parte deste acordo de importação aconteceu na última sexta-feira (16).

“Como não chegaram estes medicamentos, por uma questão extraordinária, para que pudéssemos comprar através de estados e municípios, nós resolvemos fazer esta importação direta. Juntamos 94 de nossas instituições, com 320 mil itens, no valor de R$ 16 milhões e sexta-feira (16) fechamos esta importação”, explica o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirocles Véras.

Véras afirma que as unidades de Santas Casas e hospitais filantrópicos correspondem a maior parte dos postos de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e comenta o motivo e a urgência que levaram as instituições a se unirem:

“Foi em decorrência da necessidade e aflição de nossos médicos e corpo de enfermagem em nossa rede de atendimento, que são 1.920 hospitais em todo o Brasil. Nós representamos 70% do atendimento de alta complexidade do Sistema Único de Saúde”, disse o presidente da CMB.

Mirocles Véras acredita que a intensificação das internações e intubações que sobrecarregam as unidades de saúde foi imprevisível, e o desafio para enfrentar a escassez do kit intubação é uma realidade em todo o mundo.

"Nós participamos de reuniões dentro do Ministério da Saúde e, também, dentro da Câmara dos Deputados para tentar solucionar, mas isso é uma dificuldade mundial. Nós estamos conversando com a Índia, Europa e Grécia. Mas não é fácil. Já abrimos um novo pedido de importação, depois de um levantamento com as nossas instituições. São mais de 500 necessitando. Mas, realmente, é um problema mundial”, conclui.

CNN Brasil

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