quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Com salários atrasados, terceirizados do Detran deflagram greve

Os servidores terceirizados do Departamento de Trânsito do Piauí (Detran-PI) deflagraram greve nesta quarta-feira (20). A categoria exige o pagamento de salários e benefícios atrasados, além de melhores condições de trabalho. Com a paralisação, os serviços de emissão de documentos devem ser prejudicados.

A direção do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio em Conservação do Estado do Piauí (SEEACEP) reivindica que os funcionários recebam o que lhes é de direito. “Vamos permanecer paralisados enquanto não pagarem os salários, que estão atrasados há dois meses. Os tickets alimentação também estão atrasados há quatro meses. Tem trabalhador que está com as férias vencidas há três anos. As empresas não estão cumprindo suas obrigações com o trabalhador”, explica o sindicalista Carlos Alberto Alves de Miranda.

pesar da greve, 30% dos trabalhadores permanecem em serviço, atendendo à legislação. “Nós fizemos uma assembleia com toda a categoria, que decidiu manter o movimento grevista até serem tomadas providências. Além do salário, também queremos que o trabalhador seja respeitado. Os diretores tratam os terceirizados como subempregado”, considera Carlos Alberto.

Estão paralisados os funcionários responsáveis pela limpeza, atendimento ao usuário (digitadores) e recepção. “É muito difícil trabalhar três meses sem receber. Nós temos compromissos para cumprir, contas para pagar e também temos que viver”, reclama a atendente Francisca Maria, que também está em greve.

Mas de acordo com Arão Lobão, diretor do Detran-PI, a responsabilidade dos atrasos é das empresas terceirizadas. “Nós nos reunimos com os terceirizados e informamos que o DETRAN já cumpriu todas as suas obrigações com as empresas e está em dia com elas. Os pagamentos relativos a dezembro serão pagos no primeiro dia de abertura do sistema de pagamento, que está suspenso e abrirá dia 25 de janeiro”, declara.

Arão afirma que caso as empresas não cumpram o previsto em contrato poderão haver rescisões contratuais. “As empresas estão contratualmente obrigadas a arcar com o pagamento de seus funcionários até o quinto dia útil do mês. Elas já foram notificadas. Caso o problema continue, poderemos fazer advertências ou até mesmo rescindir os contratos”, finaliza.

Fonte: Meio Norte


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