quinta-feira, 17 de março de 2016

Universitários gravam documentário sobre expressões típicas do 'Piauiês'

Alunos de jornalismo da UFPI trataram sobre expressões típicas do PI. Quatro pessoas participaram, dentre elas, o humorista Amauri Jucá.
"Bater o bandeco", "capar o gato", "boca da noite", "botando catinga" são algumas das expressões divertidas do Piauiês utilizadas pelos piauienses em seu cotidiano e que viraram tema de um documentário feito por alunos do 7º período do curso de jornalismo na Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Teresina. De acordo com o estudante Inácio Pinheiro, o doc "Piauiês nosso de cada dia" surgiu através de uma conversa com os componentes do grupo.
“Foram propostos vários temas, entre eles estava falar sobre o Piauiês, ou seja, nosso modo de falar. A ideia inicial era filmar as pessoas falando coisas aleatórias para mostrar as expressões que usamos no cotidiano, mas não deu muito certo porque elas ficavam intimidadas diante a câmera, então resolvemos mudar de estratégia”, explicou.
O aluno conta que foram convidadas pessoas que possuíam alguma relação com o piauiês para falar um pouco sobre suas experiências com esse tipo de linguagem. Para complentar a estratégia, uma atriz participou do projeto para mostrar de forma bem humorada as expressões.

“Nós escolhemos quatro personagens, um deles foi o humorista Amauri Jucá que tem uma peça de teatro que trata sobre o tema. Todos eles falaram sobre suas experiências com as histórias e expressões utilizadas pelos piauienses. Nós chamamos também uma atriz que contou uma historinha para mostrar ao público como utilizamos essas expressões e colocamos legendas explicando seus significados”, declarou.

Para o estudante, a produção do documentário foi enriquecedora e surpreendente. “De todos os trabalhos acadêmicos que fiz, esse foi o mais legal. Foi uma surpresa muito grande quando assistimos  porque nós, que falamos essas expressões, diariamente não percebemos o quanto são diferentes e engraçadas. Mesmo com poucos recursos, conseguimos fazer algo bem feito”, finalizou.

Em um dos trechos do documentário, o professor Luizir de Oliveira, natural de São Paulo e que mora no Piauí há 10 anos, relata que quando passou morar em Teresina não conseguia  falar no telefone porque não entendia o que as pessoas falavam por conta do sotaque. Para ele, as vogais eram aglutinadas e emendadas umas nas outras o que dificultava a compreensão.

A professora Ana Maria, chefe do departamento de comunicação da UFPI, ressalta que a escolha do tema parte dos próprios alunos que sentem a necessidade de falar sobre aspectos da nossa cultura e que a comunicação vem para aproximar o tema e a sociedade.

“Através da comunicação podemos mostrar o lado positivo do nosso Estado. Esse tipo de tema aproxima as pessoas e mostra a importância da identidade cultural piauiense. O interessante é que são os próprios alunos que escolhem o tema e se mostram com vontade de falar sobre isso”, esclareceu.
Fonte: G1 PI

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